Sou muito cética e embora respeite tenho alguma dificuldade em acreditar em coisas pouco científicas mas no desespero uma pessoa experimenta tudo.
Ouvia falar maravilhas do Reiki, uma arte ancestral que canaliza as energias vitais do corpo para curar/acalmar os pacientes. É também uma filosofia de vida.
Uma mãe quer o melhor para os seus filhos, no mínimo que sejam saudáveis e felizes. Sentia que o meu menino não era feliz, era impossível sê-lo perante o que assistíamos diariamente e fomos em busca de soluções para poder ajudá-lo.
Procurei o Reiki em 2015, quando o meu filho já com 2 anos nunca tinha dormido uma noite de seguida. Foi também na altura em que as birras se agravaram, raramente sorria e demonstrava uma frustração constante.
Recordo o dia como se fosse hoje, a terapeuta recebeu-nos num gabinete em Corroios. Era uma rua de moradias e ele não queria sair do carro. Fez uma birra enorme, não queria andar, jogava-se para o chão, berrava desalmadamente e quando percebi tinha uma senhora numa varanda a olhar para aquele espetáculo. Era a terapeuta, não foi preciso apresentações.
A sessão correu bem, ele acalmou-se e teve todo o tempo a brincar enquanto a senhora lhe aplicava a sua técnica. Unicamente usou as mãos e eu fiquei petrificada a assistir enquanto mil coisas me passaram pela cabeça.
No fim sugeriu que eu fizesse umas sessões para poder sentir a essência daquele tratamento e mais tarde o curso para poder transmitir-lhe as boas energias de que o menino precisava. “Ele precisa de muita dedicação” disse-me, nunca me esqueci das suas palavras.
Saímos do gabinete e ele fez mega birra para sentar na cadeirinha do carro. Normal, nada de novo.
Pelo caminho vim a pensar no que tinha visto e sentido e concluí que aquilo não era para mim. Lamento, adorava acreditar. Diziam que Reiki é melhor que chupar 3 charros de seguida mas ainda não estou preparada. Talvez um dia quando deixar de ser tão parva, ou cética, ou sei lá o que sou em relação a estes temas.